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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Confecom prossegue com otimismo

A 1ª Confecom prossegue hoje o dia inteiro com as últimas discussões em torno das propostas de democratização da comunicação no Brasil em meio a muita polêmica e quebra de braço entre os diversos segmentos socais representativos que se fazem presentes ao evento, sobretudo, entre a categoria dos movimentos sociais, da qual fazem parte várias entidades, e de outro lado, a classe empresarial, representada pela ABRA. Em meio às decepções, muitas das quais já esperadas, como a baixa participação da sociedade civil organizada em muitos dos Gt´s e estratégias de desmobilização de muitas das entidades representantes, o evento prossegue de certa maneira com otimismo para os mais defensores da iniciativa em prol da revolução da comunicação social no país.

Entre alguns dos resultados já comemorados pelos movimentos sociais está a suspensão de veiculação de publicidade voltada para o público infantil; a aprovação da proposta voltada para a garantia de uma maior participação de grupos minoritários nos meios de comunicação, a exemplo da comunidade negra. A categoria jornalista também já sai ganhando no encontro com a aprovação de várias propostas como a criação do Conselho Nacional de Comunicação, a obrigatoriedadede do diploma, e a nova legislação que prevê garantias do dereito do cidadão, algo que certamente será combatido ferozmente pós-confecom pelos magnatas da indústria midiática.

Um outro aspecto que vem sendo visto de forma positiva pelos integrantes dos movimentos sociais tem sido a baixa incidência apresentada pela categoria empresarial em decorrência da pouca representatividade presente ao evento. Isto, segundo se acredita, vem ajudando na aprovação das propostas apresentadas pelas diversas entidades sociais.

De acordo com a comissão organizadora da Confecom, as seis mil propostas estaduais e as 1.500 nacionais representam uma demanda reprimida pelo debate mais profundo de questões de interesse público relacionadas à comunicação. Por essa razão, para muitos estudiosos e defensores da Confecom, só a abertura para este tipo de discussão, jamais acontecida no Brasil, já é algo para se comemorar. Que seja, pois como se prevê, mesmo ausentes em massa, os empresários dos grandes grupos de comunicação certamente estão se preparando para uma atuação estratégica junto aos poderes legislativos e Executivo no sentido de derrubrar a aprovação de muitas das propostas regulatórias já votadas e aprovadas no evento.

Algo que irá contra o discurso feito pelo Presidente Lula na abertura da Confecom, para quem “é hora de repensar a atuação da indústria de comunicação”. Na ocasião, Lula lembrou que essa mesma indústria sempre trabalhou com um modelo vertica contrariando o compromisso com a liberdade de imprensa e mais ainda, da livre expressão em geral.

Voltaremos a este tema comentando os resultados finais mais significativos que culminarão a 1ª Confecom. Até lá, acompanhar o desenrolar dos debates através do site oficial do encontro: www.confecom.gov.br/conferencia

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