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segunda-feira, 1 de março de 2010

A 'carteirada" de Edir Macedo no Jornalismo

Depois de uma longa ‘peleja’ na justiça que lhe rendeu uma expectativa de nove anos, o líder da Igreja Universal e dono de um dos maiores conglomerados de comunicação da América Latina, Edir Macedo, está prestes a confirmar a posse da Carteira de Identidade Profissional de Jornalista, medida esta expedida pelo desembargador Fernandes Marques, do Tribunal Regional Federal, o qual determinou que o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio especa o documento para o pastor.

A decisão do desembargador, proferida em 26 de agosto de 2009, conforme informações veiculadas na internet, atende a um recurso de apelação em mandado de segurança impetrado por Edir Macedo para tentar obter a carteira de jornalista, negado em sentença proferida, em primeira instância, em 13 de março de 2001.

Os advogados de defesa lembram que o bispo Edir Macedo, quando impetrou o mandado de segurança em 2001, informou que possuía um registro especial de “jornalista colaborador”, embora hoje não exista mais esta função nem a obrigação de diploma de nível superior para se exercer o jornalismo.
A conquista de tal documento em questão, se trata, sem sombra de dúvidas, de mais uma importante vitória para o segundo maior magnata do mercado em comunicação no país, para quem a condição de jornalista profissional lhe dará poderes ainda maiores.

Assim, o bispo será apenas mais um que deve obter um registro de jornalista no Ministério do Trabalho e não apenas um registro especial de colaborador, o qual era facultado aos não portadores de diploma antes da inconstitucionalidade da decretação desta exigência.
No pedido de esclarecimento à Justiça, o advogado do Sindicato observa que a carteira é um documento legal de identidade, com validade de três anos, emitida em formato digital com um chip, além de assinalar que Edir Macedo precisa comparecer pessoalmente ao Sindicato, com fotos, RG e CPF.

O mais lastimável de tudo é constatarmos que, longe dos princípios do genuíno jornalismo, esse campo de ação em breve estará repleto de representantes de 'araque' para quem a verdade, é aquela que lhe convém e cidadania, é a defesa de interesses próprios, assim com já o fazem os políticos... Para muitos seria o prenúncio da morte do jornalismo, ao menos, do bom e velho jornalismo....

Coisas do Brasil....