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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

"Nosso Lar": a superprodução cinematográfica brasileira

Encontra-se em exibição nas salas de cinemas de todo país, o filme “Nosso Lar”. Inspirado na obra homônima psicografada por Chico Xavier, o longa-metragem estréia com uma grande expectativa, acreditando-se que irá arrastar milhares de pessoas ao cinema, dando continuidade ao sucesso surpreendente que vem sendo revelado por meio das produções cinematográficas brasileiras produzidas anteriormente dentro da linha espiritualista.

Fazem parte dessa série bem sucedida: “Bezerra de Menezes: o diário de um espírito” (2009) e “Chico Xavier” (2010), da qual, Nosso Lar, ao que se espera, irá completar a trilogia espiritualista, consolidando definitivamente essa nova e promissora fase da produção cinematográfica brasileira, cuja linha de abordagem temática começa a sair do ciclo da comédia e da violência urbana que historicamente vem sendo os traços marcantes das narrativas do cinema nacional.

Dirigido por Wagner Assis, “Nosso Lar” já é considerado uma das maiores produções da história do cinema nacional. Orçado em mais de R$ 20 milhões, o longa conta a trajetória do médico André Luiz após sua morte. O foco central do filme está na cidade espiritual em que o personagem principal vive uma fascinante experiência pós-morte.

Mesmo baseado numa obra espírita, os produtores do filme defendem a idéia de que se trata de uma longa espiritualista que extrapola o sentido religioso, além de se apresentar como uma das mais belas produções já realizadas no país. Para isso, foram feitas diversas parcerias entre a Cinética Filmes e Produções – empresa responsável pela produção do filme -, e várias empresas da indústria cinematográfica do país e fora dele, a exemplo da Fox Filme, Globo Filmes e a empresa canadense Intelligent Creatures.

No elenco, Renato Prieto, como André Luiz. E ainda: Othon Bastos, Rosanne Mulholland, Fernando Alves Pinto, Inez Viana, Rodrigo dos Santos, Clemente Viscaíno, além de participações especiais de atores globais como Paulo Goulart e Ana Rosa. Contudo, a principal atração do filme, tecnicamente falando, são os efeitos especiais utilizados e que o tornam um diferencial dentro da história da cinematogafia brasileira. Vale a pena conferir: em exibição nos melhores cinemas do país!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O fim do JB e os novos rumos do jornalismo impresso..

31 de agosto de 2010. Mais uma data a ser registrada nos anais da história da imprensa brasileira. Trata-se do dia da última edição impressa do Jornal do Brasil, o histórico JB. A partir de setembro, um dos maiores ícones do jornalismo brasileiro passa a ser lido exclusivamente na versão digital, trocando definitivamente, as bancas de jornais pelo ciberespaço.

Mesmo se tratando de mais uma crônica da morte anunciada cuja causa está atrelada diretamente às sucessivas crises financeiras porque a empresa atravessa há décadas, o fim do JB no formato tradicional causou e, certamente, continuará causando, por um certo tempo, um sentimento de inquietude no âmbito jornalístico, muito embora, em maior ou menor grau, também fora dele. Não é para menos. Mais que um veículo centenário (fundado em 9 de abril de 1891), o JB representa uma das bandeiras de glória do jornalismo brasileiro, por onde passou a maioria dos profissionais da imprensa de renome nacional e que hoje, lamentam profundamente a parada das rotativas que levavam, diariamente, a centenas de milhares de leitores, os exemplares do lendário órgão de imprensa carioca.

Por outro lado, mais que um acontecimento de caráter saudosista, o episódio aumenta ainda mais as incertezas acerca do destino do jornalismo tradicional e que tem nos jornais impressos, o maior símbolo representativo. Será mesmo este o futuro dos demais jornais impressos do país, como, aliás, apostam diversos autores e estudiosos do jornalismo em várias partes do mundo?. Ou seria apenas mais um exemplo de empresa mal administrada cujo desfecho final foi o mesmo que acontece rotineiramente em qualquer outro ramo comercial?. Há anos, essa tem sido uma das temáticas mais polêmicas discutidas no meio jornalístico e nas faculdades de Jornalismo e que até agora não apontam para nenhum consenso.

Para os apocalípticos do jornalismo tradicional, se trata de um caminho sem volta para os jornais. De outro lado, estão os mais otimistas para quem os fechamentos da versão impressa de órgãos tradicionais como o JB,O Dia, Gazeta Mercantil, não passa de uma mudança natural imposta pelas novas regras de um mercado cada vez mais competitivo e do qual só sobrevivem as empresas melhor administradas, apontando como um argumento a favor dessa visão, o surgimento de outros jornais em todo o país.

Divergência a parte, o interessante a se observar no episódio referente ao veículo aqui destacado é que ironicamente se trata do órgão de imprensa que tem como slogan “O primeiro jornal brasileiro na internet” e que agora, deverá mudar para “O primeiro jornal brasileiro totalmente digital”... Mais do que isso, não se pode ignorar que, certamente, o advento da mudança radical porque passa o diário carioca, será, por um longo tempo, o principal e mais significante elemento ilustrativo das discussões sem fim em torno do destino da imprensa brasileira e, porque não dizer, mundial, cujo epicentro gira em torno, de um lado das novas práticas jornalísticas no processo de produção da informação e, de outro, da nova conjuntura mercadológica de sustentabilidade das empresas jornalísticas. E no meio desse cenário polêmico-discursivo, algo ainda mais abrangente que é a formatação do perfil do novo profissional da imprensa. Ou seja, um cenário cercado de crises e incertezas por todos os lados e do qual, a sobrevida das empresas jornalísticas é apenas uma das diversas facetas conjunturais.

domingo, 29 de agosto de 2010

As análises e previsões equivocadas de Veja

Os números das pesquisas eleitorais divulgadas recentemente pela imprensa e que dão conta do cenário de disputa eleitoral à Presidência da República, após o início da Propaganda Eleitoral Gratuita no rádio e na TV, vem surpreendendo muita gente e instituições pelo país afora. Mais do que isso, os dados que apresentam um crescimento da candidata Dilma a frente dos demais concorrentes ao cargo da Presidência da República está pondo abaixo, muitas análises feitas por cientistas políticos e, sobretudo, veículos midiáticos para quem, a petista iria apresentar uma queda com o início da disputa via meios de comunicação de massa.

Foi o caso, por exemplo, da Revista Veja, cuja matéria de capa, de edição publicada há duas semanas, apresentava um prognóstico totalmente desfavorável à candidatura do presidente Lula, chegando a afirmar que os petistas iriam sofrer uma surpresa negativa com o advento da campanha via Horário Político Gratuito, quando os candidatos costumam fisgar os votos dos indecisos.

Como se vê, ao contrário do que defendiam os ‘experientes’ jornalistas interpretativos da revista explicitamente anti-petista, a preferência do eleitorado brasileiro, durante as últimas semanas, está demonstrando um crescimento a favor da candidata do presidente Lula. Ao que parece, além de apontar para mais um dos inúmeros erros de análises jornalísticas que o veículo vem apresentando ao longo das últimas campanhas eleitorais presidenciáveis ocorridas no país, os números apresentados pelos institutos de pesquisas reforçam o desgaste do prestígio do órgão de imprensa que até pouco tempo era considerado como a ‘revista mais influente do país’.

Bem, sigamos em frente de olho nas previsões apresentadas pelo ilustre veículo midiático que, como é do conhecimento de todo brasileiro leitor, há anos trabalha de maneira explícita – contrariando, inclusive, a filosofia de imparcialidade ainda defendida pela imprensa brasileira – dentro de uma postura de direita, investindo pesado em campanha contra o PT....