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sexta-feira, 26 de julho de 2013

A mídia de olho novamente nos baixinhos


Considerada um sucesso surpreendente até mesmo para os seus idealizadores, a telenovela 'Carrossel'' chegou ao fim se consagrando como um dos produtos midiáticos mais bem sucedidos das últimas décadas da TV brasileira. Com 310 capítulos no ar e 440 horas de filmagens, a novela infantil reaqueceu um mercado altamente lucrativo e deu um novo ânimo à TV de Silvio Santos, o SBT, colocando a empresa na vice-liderança do Ibope por vários meses consecutivos, um fenômeno que não acontecia há anos na concorrência midiática televisiva.

 
Fruto de uma adaptação da autora Iris Abravanel, com direção-geral de Reynaldo Boury, a novela infantil se revelou um investimento de alto retorno financeiro reaquecendo um mercado que andava um tanto morno. Como retorno da grande audiência, o folhetim teve mais de 300 produtos licenciados, dentre eles DVD´s e CD´s da trilha sonora garantindo um faturamento superior a R$ 100 milhões.

Para além das cifras que é, diga-se de passagem, o que mais interessa aos idealizadores, a produção ficcional reforça um lacuna na mídia brasileira que é a ausência de produtos voltados a um público que até os anos 1990 sempre esteve no alvo das TV´s brasileiras, mas que ultimamente parecia andar ignorado. A julgar pelo resultado obtido, incluindo dentre eles, a exportação da trama do SBT para outros países, a exemplo da Indonésia, onde a novela já emplaca como um sucesso televisivo, a concorrência certamente deverá se mexer para começar a lançar um olhar mais especial para o público infantil, algo que a publicidade, por exemplo, não deixa de fazer o tempo todo, tornando este uma das maiores fontes de retorno financeiro.

Enquanto isso, o SBT continuará investindo no nicho emplacando ao que tudo indica, outro sucesso de audiência que é o remake da novela Chiquitita que entra no lugar de Carrossel e já começa a fisgar os baixinhos de todo o país. Esses mesmos que em outro tempo foram os responsáveis por um dos maiores fenômenos midiáticos de todos os tempos da TV brasileira que foi a apresentadora Xuxa, hoje já não mais tão ‘apaixonada’ pelos baixinhos de alto poder lucrativo...  
 
o fato é que certamente, embalada na doce melodia financeira, a concorrência deverá embarcar nesse carrossel onde o mundo faz de conta que aqui é quase o céu...

domingo, 21 de julho de 2013

Facebook ou Facepopular?

Lançada há pouco mais de dez dias como canal similar e ao mesmo tempo concorrente do Facebook, a nova rede social latino-americana ‘Facepopular’ (www.facepopular.net) ainda não disse pra que veio. A repercussão em torno da nova mídia social ainda é considerada baixa e ao que parece ainda está longe de alcançar os resultados otimistas previstos por parte de seus criadores os quais esperavam cerca de 100 mil usuários até o final de semana passado.

Criada na Argentina com o objetivo de se tornar a principal ferramenta de interação social na América Latina, o ‘Facepopular’ se insere dentro da filosofia da contra-cultura e da comunicação alternativa como mais uma reação afrontosa ao sistema econômico e político vigente e que tem nos EUA ainda o seu maior símbolo de ostentação. Com a designação de 'Frente Alternativa Contra o Establishment', o novo face surge num contexto de discussão em torno das medidas de fortalecimentos dos países latino e sul-americanos como um bloco mais independente.

Dentre as medidas em discussão no momento estão os planos de criação da mega rede de fibra ótica que a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), da qual o Brasilfaz parte. O Facepopular é o produto-estrela da Red Popular, grupo de mídia que reúne rádio, TV e sites na internet, cujo objetivo é servir de plataforma de integração tecnológica para os países da Unasul e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, Celac, da qual o Brasil também é membro.

Visto por alguns como uma medida interessante e para outros como uma perda de tempo, o fato é que talvez ainda seja cedo para consagrar ou mesmo condenar esta empreitada latino-americana de resistência. Resta esperar para ver, quem saber a partir do próprio Facebook, até onde vai dar essa nova mídia social cuja origem, em se tratando de Brasil pelo menos, não é algo muito visto. Afinal de contas para boa parte dos brasileiros, melhor mesmos as invenções norte-americanas....