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sábado, 18 de dezembro de 2010

Wiki-Leaks e a liberdade de expressão

Retomando um assunto já comentado neste espaço, continua repercutindo em todo o mundo o episódio da prisão do idealizador do polêmico site WikiLeaks, Julian Assange. Capa das principais publicações jornalísticas de várias nações, dentre elas, da revista Veja, no Brasil, Julian conseguiu formar, involutariamente, um verdadeiro exército de hackers espalhado por todo o mundo, o qual saiu em defesa deste que se tornou bandido para alguns e herói para outros, dividino opiniões a cada dia que se passa.

Julgamento a parte, o fato indiscutível é que, como já destacam diversos veículos de comunicação, a exemplo da própria revista Veja, o WikiLeaks se tornou uma das maiores demonstrações incontestáveis da força e poder devastador da internet enquanto instrumento de comunicação informacional. Poucos dias antes de sua prisão, o eminente líder da polêmica rede de quebra de sigilos e documentos diplomáticos revelou, mesmo que indiretamente, em entrevista concedida a um canal de TV (ver:http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1754), o novo rumo vislumbrado num mundo onde a informaçaõ vem deixando de ser o produto exclusivo da indústria jornalística.

Indo um pouco mais além, como já dissemos no nosso comentário anteiror sobre o acontecimento em questão, a ação desencadeada pelo WikiLEaks aponta para uma das primeiras grandes demonstrações do poder revolucionário que a internet está a provocar no, cada vez mais complexo, dinâmico e incontrolável fluxo informacional que rege o mundo contemporâneo, mundo esse reduzido à velha máxima McLuhiana de 'aldeia global'. Uma aldeia onde os segredos, não importa se de estado, particular ou qualquer que seja o tipo, seja violado e propagado aos aldeãs, sem nenhum controle ou segredo!.

Neste caso, o controle, como está sendo acompanhado é via o modos operandi mais primitivo que é a prisão e amordaçamento do acusado. Algo que, como também está sendo observado, é tarde demais uma vez que no mundo virtual/real Julian está livre, leve e solto, continuando a causar os 'estragos' aos poderosos.

Por outro lado, o episódio está reforçando o apelo à discussão democrática sobre a polêmica questão da liberdade de expressão, algo que os monopólios de veículos de comunicação continuam a empurrar para debaixo do tapete, sabotando todas as iniciativas por parte da sociedade civil. Tudo em nome do jogo mercenário que continua regendo a cadeia capitalista de produção e circulação da informação. Algo com os dias contados, certamente!.