Sejam Bem Vindo (a)!

Mostre que você não apenas é observado, mas também um observador da mídia...

domingo, 30 de junho de 2013

Protesto anti-Globo



Entre os ecos dos protestos que tomaram conta do país durante as duas últimas semanas, está o grito de insatisfação da população referente à grande mídia. Pegos de maneira surpreendente, e transformados de mocinhos em vilões, os conglomerados de comunicação se viram inseridos na pauta de reivindicações populares, enquanto ameaça à democracia e ao exercício da liberdade de expressão.

 
O exemplo maior desse fenômeno de rejeição à mídia tradicional advinda da onda de manifestos está nos protestos feitos em várias partes do país e, de maneira mais significativa, nas cidades do Rio e São Paulo, contra a Rede Globo de Televisão. Dona de uma audiência ainda esmagadora em todo o país, a emissora do Jardim Botânico se viu, de repente, alvo de uma avassaladora onda de manifestos, provocando, em algumas ocasiões, o impedimento de trabalho de algumas de suas equipes jornalísticas que atuam na cobertura do manifesto.

 
E é justamente ai que reside a crítica maior e rejeição à empresa dos Marinhos, a família que detém o maior poder de comunicação do país. Há tempos, como é do conhecimento de todos, a vênus platinada vem sendo desmistificada por estudantes, intelectuais e profissionais liberais devido à sua postura elitista e manipuladora dos fatos apresentados à nação por meio de sua programação e, em especial, dos telejornais.

 
Não obstante, esse perfil de distorção dos fatos noticiados que, vale ressaltar, está longe de ser uma particularidade do Sistema Globo, foi retomado com maior vigor no seio da onda de manifestos que se propaga pelo país, face ao contraste entre o discurso oficial adotado pela emissora no tocante aos protestos das ruas e a narrativa advinda das redes sociais, espaço de onde a onda de manifesto foi originado e continua se organizando.

Revoltados com a forma unilateral, totalmente parcial e repressora com que os telejornais globais vinham mostrando (e continuam fazendo, agora de maneira mais amena) a revolta cidadã nas ruas do país, os manifestantes passaram a ecoar um forte grito contra a empresa, chegando a constranger muitos de seus profissionais que, em detrimento do histórico sujo desta, são movidos por boas intenções, como é o caso, por exemplo, do jornalista Caco Barcelos.

Um grito de rejeição, alerta e basta que certamente ainda será ouvido por muitas vezes até o final desta onda manifestante constituída por uma maré de cidadãos brasileiros que, para além da classe política, também não se sentem representados pela mídia que aí está.