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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Educomunicação e o desafio no mundo midiático

Há anos o emprego da mídia na vida cotidiana deixou de ser um fenômeno de interesse apenas dos estudos acadêmicos e se tornou uma preocupação de praticamente, todos os segmentos da sociedade moderna e, em especial, das instituições legitimadoras de transmissão de conhecimento e valores humanos, das quais se destacam, a escola e a família. Contudo, foi indiscutivelmente, através da constante e crescente presença dos Meios de Comunicação de Massa (MCM) aliado ao dinâmico processo de expansão das chamadas Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC) registrados de maneira mais veemente a partir do início deste novo século, que os olhares mais diversos se voltaram para tal fenômeno, suscitando uma série de reflexões, discussões e debates dentro e fora do campo acadêmico.

Em meio às diversas perspectivas levantadas sobressaem-se algumas das máximas já correntes na sociedade. Dentre elas está a de que, cada vez mais se faz necessária, a formação do sujeiro crítico, plenamente cidadão,ou seja, de um sujeito consciente acerca, neste contexto, do papel da comunicação na vida de todos. É em meio a essa realidade desafiadora que a educação, não mais enquanto sinônimo de escolarização mas, sim de principal processo de desenvolvimento humanístico, é retomada veementemente por todos, apontada como a condição 'sine qua non' para lidarmos com o atual cenário.

Pautado nesse contexto e em conformidade com a proposta ideológica e pragmática de criação deste blog, bem como com a condição de membro do corpo docente do curso de Educomunicação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)- instituição que de forma pioneira instituiu em 2010, o primeiro bacharelado do país voltado a esta que é a mais nova habilitação no campo da comunicação social fundamentado na interface da educomunicação/comunicação, – utilizarei, a partir de então, este espaço para publicação de conteúdos focados na problemática acima apresentada dentro da perspectiva educomunicacional.

Além de promover uma maior difusão deste novo campo do conhecimento que, vale ressaltar, historicamente já se fazia existente há décadas através de práticas pedagógicas e comunicacionais comunitárias, entretanto, só agora configurado no ambiente acadêmico, esta iniciativa objetiva fomentar uma maior reflexão e, quem sabe, debate, discussões sobre a problemática aqui destacada. Em suma, a proposta aqui apresentada é apenas mais uma das várias tentativas discursivas presentes, sobretudo, no espaço cibernético, de se promover uma leitura analítica acerca dos desdobramentos desta fenomenologia que envolve de um lado, o homem enquanto sujeito social historicamente situado e com plenas condições de transformar-se a si mesmo e à realidade à sua volta e, de outro, as mídias cujo manuseio e efeitos decorrentes de seu uso na vida humana e seio social, passam a ser os dois principais parâmetros para se aferir o grau de intervenção da Educomunicação em tal fenômeno.

E, para finalizar este primeiro texto de natureza introdutória que encabeça uma série de outros que aqui serão postados posteriormente, reproduzo, abaixo, um pequeno trecho de artigo produzido por Maria Aparecida Baccega, no qual a pesquisadora faz uma análise dos fenômenos da comunicação e da educação na atualidade e dentro de uma perspectiva histórica nos chama a atenção para o fato de que: ”Os agentes do processo educacional somos todos os que participamos de uma determinada comunidade, que vivemos no tempo e espaço de uma dada sociedade, que recebemos e reconfiguramos permanentemente a realidade. E hoje, essa realidade é atravessada pela presença dos meios de comunicação”. Assim, acredito que o que é colocado por Baccega nesta citação por si só, já instiga o caro amigo ou amiga a prosseguir com esta proposta e convite de leitura, acompanhando os próximos textos que aqui serão postados e por meio dos quais, compartilharei alguma das minhas – mas que acredito também ser de tantos outros – inquietações frente à problemática aqui destacada.

Portanto, até a próxima leitura!