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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Veja e o MST

Veículo que, depois das últimas campanhas eleitorais para Presidência da República, revelou-se, escancaradamente a serviço da elite brasileira, a Revista Veja traz como manchete principal em sua edição nº 2128, do mês de setembro, mais uma reportagem tendenciosa contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST. Trata-se mais uma demonstração de ataque pesado em nome de um pseudo jornalismo investigativo.

Como das outras vezes em que o assunto é MST, a revista se dirige ao movimento rotulando-o de movimento criminoso e, mais novamente acusa o governo e outros segmentos da sociedade civil internacional de apoiarem os ‘crimes’ cometidos pelos trabalhadores sem terra.

Como os mais esclarecidos já sabem, esta não é a primeira nem será a última vez em que a Veja ataca o MST que, é bom ressaltar, nunca foi alvo de reportagens com outras conotação fora da bandidagem, em suas páginas. Essa postura da grande mídia que, vale ressaltar, tem no grupo da editora Abril – à qual pertence a revista Veja - um de seus maiores representantes - já se tornou objeto de estudo de diversos trabalhos acadêmicos realizados por várias universidades brasileiras. Em praticamente todos os estudos realizados, é concluído que o MST é totalmente ou parcialmente deturpado pelas matérias jornalísticas que ignoram o grande trabalho de assistência social que o movimento presta à milhares de famílias rurais totalmente desasistidas. Nesse sentido, está incluído o excelente trabalho de alfabetização e conscientização social, alvo, inclusive, de reconhecimento de diversos órgãos internacionais.

O crescente desenvolvimento organizacional do movimento que comemora 25 anos de luta consagrados por conquistas de avanço em defesa da reforma agrária no país, continuam a incomodar os grandes latifundiários do país, que vale ressaltar, é o segundo no ranking mundial de concentração de propriedade da terra.

Mas os desafios sempre são maiores que as conquistas. Dentre esses, está a luta para lá de desigual contra os grandes conglomerados de comunicação contra os quais perderam mais uma luta. Trata-se da queda da obrigatoriedade do diploma em Jornalismo para o exercício da profissão a pedido desses que, como se sabe, têm carta aberta para contratar qualquer pessoa para trabalhar em seus veículos em detrimento da formação crítica desses. Mas como dizem os militantes, a luta continua!.