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terça-feira, 15 de março de 2011

O novo jornal brasileiro

O Brasil ganhou neste mês, o primeiro jornal produzido exclusivamente para iPad, tecnologia digital de mercado de tablets que vem sendo vista pela classe empresarial do jornalismo impresso, como o futuro dos jornais e ‘salvação’ das empresas do ramo em torno do dilema que persiste na era da internet e que não quer calar: “qual o destino dos jornais diários?”.

Intitulado de Brasil247, o mais novo veículo jornalístico digital é fruto da Editora 247, tendo a frente os jornalistas Leonardo Attuch e Joaquim Castanheira. O jornal é gratuito e além de articulistas e da redação, formada por 20 pessoas, recebe colaboração de leitores, apostando na interativa como uma das ferramentas principais. Algo, vale dizer, já em voga no jornalismo contemporâneo e que tem recebido diversas designações, a exemplo de “jornalismo cidadão”, “jornalismo Participativo" Jornalismo público”.

Trata-se de uma inovação, em linhas gerais, como sempre, decorrente de mais uma adaptação de protótipo industrial norte-americano feito à moda brasileira. Nesse sentido, o Brasil247 nasce da experiência do jornal americano Daily, pertencente ao grupo News corporation, e que se configura como o primeiro na modalidade no mundo. A diferença para este, está na gratuidade do conteúdo, algo que, conforme defendem os responsáveis pela versão brasileira, é uma tendência promissora no meio digital.

O fato é que, o novo modelo do jornalismo diário vem sendo visto como uma mina de ouro pelos jornalistas empreendedores. Para Leonardo Attuch, ex-funcionário da Isto É – empresa que deixou para se dedicar a esse empreendimento-, se trata de uma empreitada que tem tudo para dar certo.

Em contrapartida, enquanto isso, no mundo do jornalismo tradicional, o jornal Metro –veículo de circulação gratuita presente em 24 países, celebra a ultrapassagem da milésima edição,desde que chegou ao Brasil, em 2007. Um contra-ponto na discussão bilateral em aberta que, de um lado aborda a sustentabilidade do jornal impresso na era da internet e, de outro, o formato da distribuição gratuita no contexto mercantilista cada vez mais avassalador. Questões que, mesmo em plena era do progresso dos meios digitais no universo jornalístico, ainda permanecem sem respostas conclusivas pelos profissionais e classe empresarial do ramo.

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