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domingo, 5 de dezembro de 2010

Sensacionalismo x retratação

O Ministério Público continua aguardando a retratação por parte do apresentador José Luiz Datena e da TV Bandeirantes, emissora em que este apresenta diariamente o programa policial "Brasil Urgente", por meio do qual ele agrediu verbalmente a classe dos ateus se referindo a esses como pessoas do mal.

Extrapolando o episódio em questão, cuja atitude do protagonista dispensa maiores comentários se classificando como algo pra lá de repugnável, e retomando o conteúdo do último comentário aqui postado sobre a classificação indicativa, acreditamos que está mais do que na hora de o Ministério da Justiça, Ministério Público e demais órgãos similares, adotarem medidas urgentes e efetivas contra esse tipo de despropósito na televisão brasileira.

A atitude de Datenna revela, como não é segredo para ninguém, um estilo sensacionalista de se fazer jornalismo totalmente anti-ético que se repete, vale ressaltar, por apresentadores que estão a frente de programas de rádio e TV em todo o país. Trata-se de um grupo de indivíduos que parecem não ter o mínimo de consciência do tamanho da responsabilidade do espaço que ocupam diariamente nos meios de comunicação de massa, os quais fazem questão de massacrar, através da fala, de forma permanente e totalmente desumana, diversas pessoas com quem costumam não concordar.

É inegável que é por causa de comunicólogos desses tipos que hoje se discute a questão do direito da liberdade de expressão, um direito que, infelizmente, tem sido muito mal utilizado por boa parte dos profissionais que atuam na chamada grande mídia, profissionais esses que, é bom frisar, terminam sendo modelo repetido por centenas de radialistas e tele apresentadores em todo o país.

Muito mais que retratação, o que o Ministério Públicos e demais órgãos competentes já deviam ter feito era interditar a atuação de programas baseados nesse tipo de estilo sensacionalista que continua se proliferando pelas redes de rádio e TV em todo o Brasil. Só assim, se evitaria o trabalho constante de apagamento de incêndio, passando para a prevenção destes. Ou seja, poríamos um fim a esse duelo sem fim entre o sensacionalismo x retratação. O que não se pode nem deve mais, é se ligar a TV a qualquer horário do dia e nos depararmos com tamanhos absurdos e desrespeito ao bom senso e aos direitos humanos...

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