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domingo, 24 de outubro de 2010

Internet e a fronteira da desigualdade social

Os dados estatísticos publicizados pela União Internacional de Telecomunicações (OIT) e divulgados pela mídia mundial apontam para a internet como um importante parâmetro para se medir o tamanho da desigualdade social que continua separando as nações desenvolvidas das chamadas em desenvolvimento, onde se encontra situada nação brasileira.

De acordo com o órgão que integra a ONU, as estimativas são de que até o final deste ano, o planeta reúna mais de 2 bilhões de internautas. O levantamento da entidade diz ainda que o número de pessoas com acesso à Internet em casa aumentou de 1,4 bilhões em 2009 para quase 1,6 bilhões.

Não obstante, segundo a OIT, até o final do ano, 71% da população de países desenvolvidos estará conectada, enquanto que nas nações em desenvolvimento esse número é de apenas 21%. As diferenças se tornam ainda mais discrepantes em se tratando das estimativas no contexto regional, tornando o processo de acesso das pessoas à internet um fenômeno cada vez mais dispare. As diferenças regionais começam no âmbito continental onde, para se ter idéia, enquanto na Europa o índice de acesso à internet será de 65%, nos países africanos a estimativa cai para 9.6%.

Por ai, dá para se imaginar a disparidade regional em cada país, sobretudo, entre os que compõem os blocos dos subdesenvolvidos e os denominados em desenvolvimento, onde a disparidade socioeconômica por região é evidente e avassaladora. Que o diga a realidade brasileira onde, apesar da ascendência do consumo entre as faixas populares menos favorecidas ter se demonstrado evolutiva nos últimos anos, o limiar que separa as populações das regiões mais abastadas das menos desenvolvidas é ainda extremamente largo.

Nesse contexto se encontram a classe dos excluídos digitais que, mesmo com toda a propagação da democratização da internet pelo país, somam milhões de pessoas para quem um computador ainda é um bem de luxo. Mais ainda uma conexão à rede mundial de computadores. Uma multidão de indivíduos que vivem à margem da sociedade informatizada, para quem as políticas de democratização da comunicação é algo essencialmente virtual, ou seja, está totalmente fora de seu mundo real.

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