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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Lula a caminho do Oscar...

O desempenho frustrante nas salas de cinemas de todo o país, a crítica desfavorável e nem mesmo o resultado da enquête lançada pelo Ministério da Cultura com votação aberta aos internautas para a escolha do filme nacional a concorrer ao Oscar 2011 – na qual ficou em sexto lugar -, tiraram do longa “Lula, o filho do Brasil”, a indicação, dentre os filmes produzidos este ano, ao maior prêmio do cinema mundial.

O filme de Fábio Barreto foi o escolhido nesta quinta-feira, 23, por uma comissão de especialistas para representar o Brasil na disputa por uma vaga ao Oscar de melhor estrangeiro em 2011, contrariando uma série de expectativas em torno de vários dos 23 filmes concorrentes à cobiçada indicação. Os critérios nenhum pouco técnicos, vale salientar, que justificam tal resultado são tão óbvios que dispensam maiores comentários....

Não obstante, vale destacar aqui, os critérios impostos pela comissão técnica representante da premiação americana, para que o filme cinebiográfico que narra a história de vida do presidente Lula viesse a condição de concorrente à indicação ao Oscar.

Adaptando-se ao estilo cinematográfico norte-americano de ser, a produção responsável pelo longa nacional revelou ter de fazer uma série de alterações voltadas ao ufanismo e estereotipação de herói tão comum aos personagens americanos. Para tal, como revela Luiz Carlos Barreto, fundador da produtora, num dos relises reproduzidos na imprensa: "Em vez das fotos no Nordeste, com a família, eles querem fotos com o [presidente americano Barack] Obama e com a rainha da Inglaterra.

Além disso, as legendas com informações sobre a vida posterior de Lula e as fotos que aparecerem junto aos créditos serão trocadas por dados e imagens mais recentes, com destaque para o alto índice de aprovação popular de Lula que, com essa nova versão final no longa, certamente, se tornará um espécie de versão latino-americana atualizada de “Che”.

Falar em Che, “Lula, o filho do Brasil” estreia nessa quinta, 23, no cenário comercial da Argentina com expectativas reduzidas por parte de produtores e distribuidores. Antes da estreia, em 1º de janeiro, Barreto esperava um público recorde de até 20 milhões de brasileiros. A bilheteria do filme hoje é de 1,1 milhão, muito abaixo de vários outros longas nacionais lançados posteriormente, a exemplo de “Nosso Lar” que arrecadou mais de R$ 6 milhões até semana passada.

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