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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A crise conjuntural do jornalismo em discussão

A crise conjuntural do atual modelo de jornalismo praticado no Brasil e fora dele foi a principal temática discutida no 34º Congressos dos Jornalistas, realizado no período de 18 a 21 de agosto em Porto Alegre e contou com a presença de diversas autoridades e personalidades de vários segmentos da sociedade, além da representatividade de 15 países, por meio de delegações.

Em sua fala , na ocasião da abertura do congresso, o presidente da FENAJ, Sérgio Murilo criticou a postura dos empresários de comunicação que insistem em um modelo mercantilista e falido de jornalismo e na postura empresarial de promover demissões em massa a cada indício de dificuldades financeiras. “A culpa dessas crises não é dos trabalhadores e dos jornalistas, mas sim dos que sacrificam a função pública do jornalismo em detrimento de seus lucros”, disse ele, conforme trecho publicado no site da entidade.

Além desse, vários outros assuntos de interesse da categoria foram tratados no evento, cujas discussões continuarame, alguns momentos de forma apimentada. Uma das finalidades das discussões mantidas era a de, claramente, provocar uma reflexão em torno do processo de mudança porque passa o jornalismo em todo o mundo, chamando a atenção das diversas categorias que constituem esse importante campo de atuação social, com ênfase para os donos dos conglomerados de comunicação e os profissionais da imprensa, os quais, como foi colocado por diversos palestrantes, estão cada vez mais, sofrendo perdas em vários aspectos no exercício da profissão.

Como não poderia ser diferente, um dos assuntos mais discutidos na ocasião foi a suspensão da obrigatoriedade do diploma em Jornalismo que, separa essas duas categorias, colocando-as em pontos extremos na luta em defesa dos interesses que imperam por motivos pra lá de óbvios, em cada uma delas. Sérgio Murilo enfatizou o fortalecimento da luta dos jornalistas em torno do retorno da exigência do diploma, ressaltando que a esperança está nas duas PEC´s que tramitam na Câmara dos Senado a espera de votação.

Enfim, sem sombra de dúvida, o congresso se constituiu como, se não um momento de tomadas de decisões significativas para ambas as partes interessadas, ao menos, como um relevante termômetro acerca do cenário atual do jornalismo brasileiro e internacional que, como foi colocado no início da abertura do evento, atravessa por um momento de crise conjuntural para o qual se faz necessário uma atenção especial, correndo-se o risco de ambas as partes sairem prejudicadas em meio às transformações radicais porque atravessa o mundo das comunicações na contemporaneidade.

Aguardemos, portanto, a repercussão e os resultados concretos das discussões levantadas pelos donos e empregados dos meios de comunicação, cujo conflito de interesses, no momento atual, parece exigir um entendimento em nome da própria sobrevivência da instituição jornalística dentro da sociedade contemporânea, cujo processo de produção e consumo da informaçaõ- produto básico do jornalismo, obedece a um novo paradigma em curso.

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