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quinta-feira, 25 de março de 2010

Futebol, violência e a mídia

O gesto obsceno reproduzido recentemente pelas vigilantes lentes midiáticas envolvendo o jogador Ronaldo que após a derrota por 1 a 0 para o Paulista, em São Paulo, mostrou o dedo anelar para torcedores do Corinthians, após ser criticado por estes, justifica em grande parte um dos problemas mais evidenciados pela imprensa envolvendo a prática do futebol no país que é o alto índice de violência em torno desta modalidade esportiva.

A manifestação grosseira de um dos maiores ídolos do futebol brasileiro evidencia, de maneira explícita, a influência direta dos jogadores neste que vem se tornando um problema de segurança pública. Neste contexto, a postura dos jogadores, sobretudo, mediante as torcidas perante as quais esses assumem uma condição de exemplo, é algo de suma importância para a reversão do dilema em questão. Ou seja, combater a violência apenas fora do campo, como defendem as várias tentativas de campanhas governamentais e como defende boa parte da mídia será sempre uma atitude inválida se os protagonistas principais do espetáculo futebolístico não se reeducarem.

E neste sentido, saber reagir diante de críticas, sobretudo, quando jogam mal – como foi o caso de Ronaldo na partida no episódio em questão – não justifica de modo algum a agressividade contra o seu público fiel. Ainda mais quando o jogador, como o fez Ronaldo, pediu para ser criticado em nome de proteger os jogadores mais jovens do seu time.

No que diz respeito a mídia, a principal responsável pela construção da idolatria em torno do futebol, fenômeno este justificado por motivos de interesse econômico óbvios, cabe também fazer a sua ‘mea culpa’ e se posicionar de maneira isenta e, sobretudo, com bom senso mediante ocasiões e personagens especificas como essa aqui ressaltada. E nesse sentido, a relação de amor e ódio, respeito e ofensa, promoção e ataque, que vem mantida de boa parte da mídia para com a criatura em questão, é algo que deve ser repensada. Em nome da paz no futebol!

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