Anunciado
como o mais novo e poderoso trunfo da TV Globo para bater índices de
audiências, o programa ‘Superstar’, que estreia em abril, aponta para a
consolidação de um fenômeno de que tem se valido cada vez mais as TV´s do mundo
inteiro em busca da audiência, os programas de reality show. De acordo com o que é veiculado por alguns
sites de notícias, a Globo chegou a vender, em apenas 15 minutos, ao ser
lançada a proposta, as cinco cotas de patrocínio do reality show ‘SuperStar’,
garantindo à empresa a receita de mais
de R$ 38 milhões. Cada uma das cinco cotas do programa foi vendida por R$ 7,750
milhões. Detalhe: todas as cotas foram compradas por um mesmo grupo, o J&F,
dono do frigorífico JBS-Friboi. O programa terá
direção de núcleo de J.B. Oliveira, o Boninho (mesmo diretor de BBB e The
Voice) e André Marques está cotado para apresentá-lo.
Assim
como os demais programas do gênero lançados no país, trate-se de mais uma cópia
licenciada de um produto televisivo de grande sucesso em outros países e que a
Globo irá, obviamente, pegar uma ‘carona’ para alavancar os seus índices de
audiência. Algo cada vez mais necessário para a empresa que, mesmo no topo ibope
frente à concorrência, vem amargando uma queda deste nos últimos anos em vários
de seus horários da grade de programação.
Essa
diminuição nos índices de preferência dos telespectadores advém, penso eu, de
dois fenômenos específicos. De um lado, o alto investimento da concorrência em
suas grades de programação, a exemplo da TV Record que, como se sabe, não vem
poupando esforços nem dinheiro ao investir em produtos midiáticos tais como: programas
jornalísticos e de entretenimento, e de outro lado, a própria ameaça porque
passam todos os sistemas de comunicação de massa tradicionais frente às
mudanças impostas pelas Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, as
NTIC´s, que estão cada vez mais revolucionando os processos comunicacionais e o
mundo como um todo.
Que
o diga a abertura participativa e mais ativa dos receptores junto a esses processos
comunicacionais, algo propiciado por meio das inúmeras e novas possibilidades
de interação advindas do uso das NTIC´s, e que têm levado os tradicionais meios
de comunicação tradicionais – até então extremamente fechados a um processo de
comunicação unilateral -, reverem suas logísticas de funcionamento.
Essa
tem sido, inclusive, uma das ferramentas diferenciadas desse novo reality show que
será exibido pela TV Globo cujo diferencial dos demais, será propiciar aos
telespectadores, uma maior interação. Criado em Israel, o formato, já licenciado
para dezenas de países, apesar de ter uma banca de jurados previamente
convidados, faz com que os receptores votem e se vejam na tela da emissora, ou
seja, o telespectador assiste pela TV e vota em
tempo real por aplicativos de smartphones e tablets. As fotos dos
telespectadores votantes formam um grande painel no cenário do programa.
É justamente ai onde reside o grande trunfo logístico do ‘Superstar’
para alcançar altos picos de audiência, tornar o telespectador comum, um
espécie de star, oferecendo a este, os 15 segundos de fama tão concorridos e
almejados e que cada vez mais se torna um característica emblemática da
sociedade do espetáculo em que vivemos.
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