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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A crise na grande mídia

As notícias divulgadas neste início de ano sobre o campo profissional jornalístico não são nada animadoras para a categoria. Ao que parece, a onda avassaladora de uma crise que se arrastou por todo o ano passado e que contabilizou mais de 500 rescisões de contratos, se perpetua varrendo as redações dos grandes veículos de comunicação do país, resultando na demissão de centenas de jornalistas. Só nos últimos 30 dias, foram anunciadas, segundo informações divulgadas no portal do comuniquese.com.br, a demissão de profissionais de três dos maiores grupos midiáticos do país: Record, Abril e Band.

A última onda de demissão coletiva anunciada foi da Band que teria dispensado de seus quadros fixos, cerca de 70 profissionais entre repórteres, produtores e editores. Na verdade, esse tipo de notícia tem ocupado, cada vez mais,as principais manchetes dos portais especializados na cobertura sobre a mídia, a exemplo do portal anunciado e, obviamente, preocupado aqueles que vivem de uma das mais relevantes - nem por isso valorizadas, profissões da contemporaneidade.

Em contra-partida, a luz no fim do túnel parece estar vindo das empresas de TV´s por assinaturas que, depois de passarem por uma forte crise no final da primeira década passada, apresentam avanços animadores. Nesse sentido, uma das noticias mais recentes divulgadas dá conta de que a TV Fox irá contratar 200 profissionais. A boa nova vem da FOX Sport Brasil, um dos braços dessa que é uma das maiores empresas midiáticas multinacionais em franco desenvolvimento no Brasil. Aliás, outras váriras contratações deverão ser feitas ao longo dos anos vindouros em que a terra de Cabral sediará dois dos maiores e mais lucrativos eventos midiáticos do mundo: a Copa e os Jogos Olímpicos. Depois disso, só Deus dirá para onde migrarão essas mãos de obras qualificadas...



Como se vê, nem tudo parece estar perdido, muito embora, sem querer ser um tanto pessimista ou desagradável, resta saber quais as condições salariais e de trabalho apresentados aos novos contratados. E essa, vale salientar, diz respeito a uma das mais duras realidades porque passa a grande maioria dos jornalistas que sobrevivem da imprensa nos veículos situados fora da área de circunscriçaõ da chamada grande mídia. Profissionais situados, bem abaixo da ‘linha do equador brasileira’. Trocando em miúdos, os profissionais que labutam fora do eixo sul-sudeste e que são responsáveis pela dinâmica rede de fluxo informacional interiorana do país. Mas essa é uma outra questão para um outro comentário...

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