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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mídia: a maior indústria de faturamento no mercado global

Embora inserida num cenário mercadológico global permeado de incertezas face ao ritmo acelerado das transformações registradas nas ultimas décadas, muitas das quais põem em xeque mate os mais consolidados e tradicionais modelos de empresas e negócios, a indústria midiática se destaca como por apresentar uma situação confortável,promissora e até certo ponto, pode-se afirmar, cômoda.

Pelo menos é o que revelam prognósticos baseados em diversos dados estatísticos e financeiros publicados por pesquisas em todo o mundo, afora o que se vê, é claro, a olho nu, no cotidiano da sociedade em que vivemos a qual cada vez mais se caracteriza como, de fato, uma grande aldeia midiática global.

Dentre os dados que apontam para essa realidade estão os números revelados recentemente pelo Projeto Inter-Meios, frutos de uma pesquisa realizada pelo Grupo M&M em conjunto com a PrincewaterhouseCoopers, cujos resultados apontam a trajetória pra lá de ascendente da mídia em 2010. Segundo a pesquisa, os meios de comunicação faturaram R$ 29,1 bilhões no ano passado. O montante aponta para um crescimento de aproximadamente 20% em relação a 2009, índice este, vale ressaltar, alcançado por poucos segmentos no mercado mundial.

E a previsão, segundo os institutos é que o crescimento continue vigoroso neste ano e nos demais que virão, com uma média satisfatória para os veículos de comunicação que constituem o universo das chamadas mídias de massa, a exemplo dos impressos e meios eletrônicos.

Para o Brasil, em particular, as expectativas são ainda melhores tendo em vista o país deter os direitos de divulgação dos dois maiores espetáculos midiáticos da Terra: os jogos olímpicos e a Copa Mundial de Futebol que, juntos, se traduzirão em bilhões de reais para o segmento.

Trata-se de uma realidade já apresentada por diversos estudiosos do campo das ciências Sociais, para quem a mídia se tornou o centro das atenções de suas pesquisas e análises. E, nesse sentido, como afirmam diversos analistas, a indústria midiática é o segmento mais bem sucedido e que alcançará, certamente, os maiores lucros no cenário mercadológico mundial, sobretudo, por meio da produção de entretenimento, apontada como o ‘carro chefe’ dos conglomerados de comunicação de massa.

É o que defende por exemplo, Todd Gitlin que, em seu livro “Mídias sem limite”, no qual o estudioso apresenta um esclarecedor e amplo diagnóstico sociológico da indústria midiática na sociedade contemporânea. Respaldado em diversas pesquisas recentes, o autor descreve o processo de mercantilização generalizada promovido pelo império de imagens e sons comandados pelas mídias e de como esse vem transformando audiências em dinheiro mas também em nova forma de cultura, de vida.

Um fenômeno observado, Vale ressaltar, de maneira cada vez mais explícita através, sobretudo, das políticas de incentivo da larga produção e disseminação das novas mídias digitais, fomentadas em grande parte por parcerias entre as iniciativas privada e pública vistas em várias parte do mundo e que tem nos aparatos eletrônicos móveis de leituras, a exemplo dos iPas, tablets e smarthfone, um dos maiores investimentos do mercado moderno. Verdadeiras 'minas de ouro' que vem sendo lapidadas por conglomerados midiáticos de várias parte do mundo que não apenas os EUA.

Tais reflexos nos colocam diante de uma realidade que, como muito bem descreve Todd Giltin, revela não apenas o poder econômico e financeiro inesgotável da indústria midiática mas, principalmente, uma nova ordem mundial movida por esta que, sem sombra alguma, vem se tornando o ‘centro de nossa civilização’. Uma modalidade mercadológica movida pela febre incontida por lucros exorbitantes em que, o que mai vale é captar e reter a atenção de usuários e consumidores de tecnologias e audiências.

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