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domingo, 22 de novembro de 2009

Paulo Coelho e a 'magia' do blog

Considerada uma das invenções mais bem sucedidas da internet, utilizada por milhões de pessoas em todo o mundo, a blogosfera continua se revelando uma ferramenta estratégica fabulosa detro do promissor universo da comunicação midiática. Algo que, apesar da ampla popularização, ainda se revela mal explorado pela maioria, dado a diversidades de fins para os quais esse aponta. Dentre esses está o efeito de cunho analítico mercadológico e persuasivo disfarçado, cujo objetivo de uso implícito é o de fomentar a venda de objetos ou propagação de idéias.

Um dos últimos casos que apontam para situações desse tipo é a estratégia midiática desenvolvida pelo célebre escritor brasileiro Paulo Coelho que recentemente, num súbito ataque de 'espírito democrático', resolveu publicar críticas feitas ao seu trabalho no seu próprio blog. Utilizando-se de um discurso pouco convincente, pelo menos para muitos, o mago - cuja história de vida vem sendo debulhada por leitores de todo o mundo através da sua biografia lançada por Fernando Moraes - argumentou que se tratava de uma medida contrária à parcialidade apresentada por seu blog. Uma argumentação, no mímino, esdrúxula, uma vez que como todos sabemos contraria a própria natureza desse tipo de instrumento midiático criado com fins explicitamente pessoais. Um instrumento de comunicação subjetivo por excelência e, portanto, parcial.

O que o ambicioso escritor se esquivou de explicar, por motivos óbvios, é que tudo não passa de uma estratégia com a finalidade de estudar melhor o nicho de mercado em que explora e, diga-se de passagem, muito bem, há anos. Uma estratégia de conquista com o objetivo de trazer para dentro do seu blog e, assim, conhecer melhor os leitores mais críticos e os não admiradores de seu estilo narrativo esotérico. A razão mais óbvia para tal conclusão está na queda de vendagem de sua última obra, Zahir, que comparada com as demais lançadas anteriormente, apresenta um índice de aceitação fruto, ao que tudo indica, da avassaladora concorrência de novos escritores que vêm explorando esse nicho de mercado, lançando no mercado editorial um número cada vez maior de títulos de livros esotéricos, de auto-ajuda, ou coisa parecida. Que o digam os autores de livros como “Crepúsculo”; “Lua Nova”, “ A Cabana” e tantos outros que despontam entre os mais vendidos no mundo.

É, pelo jeito, como manda o bom manual de sobrevivência de marketing de venda dos tempos moderno, o mago já se conscientizou de que navegar é muito mais preciso e, mais do que isso, que em tempos de internet, para conquistar a massa de leitores é preciso ir além dos velhos truques de magia negra, bruxaria etc e tal. Que mais simples que antes, ao invés de ler as mentes das pessoas e lançar sobre elas um apelo místico, basta ler o que elas pensam a respeito de seu trabalho. E só!.

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