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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Globo e futebol: um negócio de R$ 1,4 bilhão

O contrato bilionário recém-firmado entre a Rede Globo de Televisão com o Clube dos 13, no valor de 1,4 bilhão, garantindo a emissora dos ‘Marinho’, os direitos exclusivos da transmissão do Campeonato Brasileiro no triênio 2009-2011, ressalta o negócio da ‘china’ (jargão este, aliás, que será tema da nova novela da Globo– outro produto lucrativo da emissora) que representa o futebol para a mídia.

O valor da comercialização do ‘Brasileirão’ foi fechado depois de uma longa negociação entre a diretoria comercial da TV Globo e os clubes que integram o clube dos 13, e contou com um pequeno empurrãozinho da maior rival da Globo, a TV Record, que, conforme várias informações circuladas na Internet, estava de olho neste contrato pra lá de lucrativo. De quebra, ganharam os clubes que, há meses, negociavam um aumento da cota que é repassada pela Globo.

Foi, é claro, uma jogada e tanto dos representantes dos times milionários de futebol brasileiro que terminou pegando de jeito a Rede Globo. Contudo, nada mais justo para quem lhe garante, há décadas, uma senhora renda por meio de valiosas cotas publicitárias que são, na verdade, o eixo central de sustentação de todos os veículos de comunicação e, mais ainda, da relação destes com o futebol, fenômeno este, aliás, moldado pela mídia insistentemente como a paixão nacional. E o amor, onde fica?.

Mas o tamanho dessa paixão pode ser medida perfeitamente em cifras. Para se ter uma idéia do tamanho e valor monetário do bolo publicitário fatiado entre a Globo com os times de futebol, do qual, é evidente, esta termina ficando com a fatia maior, no ano passado, a Globo vendeu cada cota do seu futebol por R$ 108 milhões, conforme informações do jornal Propaganda & Marketing. As cotas são compradas por empresas de grande porte, a exemplo do Itaú, Casas Bahia, Vivo, Ambev e Volkswagen. Isso sem falar no "top" de 5 segundos da Coca-Cola, que rende R$ 32 milhões.

Estas cifras, vale salientar, não incluem as diversas outras cotas publicitárias advindas de outras modalidades de produtos midiáticos, as quais chegam aos cofres da emissora com a mesma rapidez do sonoro ´plim plim” que esta soa aos ouvidos dos seus telespectadores. Fazem parte desta fonte financeira suntuosa, as outras modalidades de programas agregradas à grande televisiva ‘global’, a exemplo da Fórmula 1, que assim como o futebol, representa algumas das maiores rendas de faturamento desta e cujo valor já fechado para 2009 é de R$ 50% milhões.

Isto sem falar no cada vez mais lucrativo “Big Brother Brasil” que, de fato está se tornando um realy show em faturamento para a Globo e os demais atrativos de entretenimento. Neste sentido, nunca é demais lembrar que, enquanto, de um lado, os telespectadores se entretém sentados confortavelmente em frente à telinha da Globo com o seu delicioso cardápio televisivo, de outro, o departamento comercial – o coração e cérebro da emissora – faz festa com os números do ibope, números estes que, como vemos, se transformam em cifras por segundos.

Encerrando esse comentário que tem como propósito principal, oferecer aos caros colegas internautas, uma idéia ainda que parcial do astronômico resultado financeiro que se esconde por trás da indústria de entretenimento deste que continua sendo o sistema de comunicação mais lucrativo do país, aqui ai outro dado. Segundo dados do Propmark, o faturamento da Globo no ano passado foi de aproximadamente R$ 5,2 bilhões. Para este ano, acredita-se num crescimento de 11%. E ainda se fala em crise na rede Globo...

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